Bruma do Amor

Chuva fina, a neblina o cenário altera.
Sobre o caule à hora dobra-se;
E logo retorna. Brota-me a ilusão
E o resquício com que te ostenta impera.

Delicia das frestas, onde reside
O caminhar do réptil. - a fiança eleva-se
E a infindável alegria que é inconteste
Canta e encanta, dança dentro de mim.

Servo eu te reconheci, nada mais fales
Tudo que quero ser está em teu olhar,
Sussurro das águas nas pedras a rolar.

E o olhar fraco do ocaso me faz esquecer
Que és verdadeira! Porém, eu, que vejo e sinto,
Tento de ti me desnortear, mas o ruído
Das águas não deixa jamais me enganar.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 11/05/2011
Reeditado em 11/05/2011
Código do texto: T2962479
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