Ah, meu amor de antes...

Dele mesmo vive!Não há solo a arar!

Nem nada a esperar...

Ao destino entregue.

Nessa contínua sentença de amar!

Esse amor sobrevivente na memória,

contado com sofrimento e beleza.

Por emoções marcadas na história,

e por estas lágrimas cheias de tristeza.

Se a todo momento as horas desfavorecem

aquilo que foi o imenso, amor - de - antes,

no entanto esse amor, não desfalece,

vive como uma chama radiante.

Forte sim,mas na lembrança.

Doído? Sim!... mas vencedor!

É luz ,é chama,esperança,

Labaredas ao sopro do Criador!

Nalva Araújo

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Uma releitura do Soneto -O amor antigo de Carlos Drumond de Andrade