AMOR SELVAGEM

Como uma fera selvagem

Observava atentamente

A espera do momento certo

Para atacar,

O olhar faiscante

Em arrepios de prazer

Parecia querer adivinhar

Todos os meus pensamentos

Para torturar-me a alma

Perdendo-a em desejos.

E de repente atacou!

Os dentes cravaram-se

Em meus lábios

Sangrando-os na força

De um longo beijo,

Enquanto suas garras

Retalhavam meu peito.

Em completo desamparo,

Quase sem encontrar resistência

Subjugou-me o corpo

Até que exausto

Tombasse sobre a cama.

Ainda ensaiei um brado

Clamando por piedade!

Mas a fera selvagem,

Dominada pelo cheiro

Do sexo em chamas

Ainda mais forte rugiu

Fazendo com que seu grito

Suplantasse o meu

Na fúria de um orgasmo.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 10/05/2011
Código do texto: T2960355