AMOR SELVAGEM
Como uma fera selvagem
Observava atentamente
A espera do momento certo
Para atacar,
O olhar faiscante
Em arrepios de prazer
Parecia querer adivinhar
Todos os meus pensamentos
Para torturar-me a alma
Perdendo-a em desejos.
E de repente atacou!
Os dentes cravaram-se
Em meus lábios
Sangrando-os na força
De um longo beijo,
Enquanto suas garras
Retalhavam meu peito.
Em completo desamparo,
Quase sem encontrar resistência
Subjugou-me o corpo
Até que exausto
Tombasse sobre a cama.
Ainda ensaiei um brado
Clamando por piedade!
Mas a fera selvagem,
Dominada pelo cheiro
Do sexo em chamas
Ainda mais forte rugiu
Fazendo com que seu grito
Suplantasse o meu
Na fúria de um orgasmo.