Para amar é preciso amar
E nada mais para o amor
Nem mesmo estas palavras
Nem aquele silêncio atroz
Estes versos duma certa poesia
Tudo isso ainda nem é amar
Para amar é preciso amar
E se desfazer de suas vontades
De suas vaidades e veleidades
Aceitar toda a leviandade
De umas certas saudades
Experimentar à vontade
A distância das verdades
Ter medo da praticidade
E destemor das tempestades
Tornar este momento eternidade
E ter com a solidão que nos invade
A precisão de algumas afinidades
Vicejar apesar das precariedades
Prescindir de qualquer necessidade
Crer a despeito das impossibilidades
Suportar a dor de todas as atrocidades
E esperar apesar dessas incapacidades
Para amar não é preciso nem viver
Para viver é que é preciso amar
Apesar de quaisquer novidades
Mergulhar o silêncio das cidades
Perder a noção da realidade
Encarar a dor dessas tardes
E acalentar cada tolo sonho
Como se fosse a maior verdade
E nada mais para o amor
Nem mesmo estas palavras
Nem aquele silêncio atroz
Estes versos duma certa poesia
Tudo isso ainda nem é amar
Para amar é preciso amar
E se desfazer de suas vontades
De suas vaidades e veleidades
Aceitar toda a leviandade
De umas certas saudades
Experimentar à vontade
A distância das verdades
Ter medo da praticidade
E destemor das tempestades
Tornar este momento eternidade
E ter com a solidão que nos invade
A precisão de algumas afinidades
Vicejar apesar das precariedades
Prescindir de qualquer necessidade
Crer a despeito das impossibilidades
Suportar a dor de todas as atrocidades
E esperar apesar dessas incapacidades
Para amar não é preciso nem viver
Para viver é que é preciso amar
Apesar de quaisquer novidades
Mergulhar o silêncio das cidades
Perder a noção da realidade
Encarar a dor dessas tardes
E acalentar cada tolo sonho
Como se fosse a maior verdade