O menino e a salsicha
 
O menino negro
Comia com sofreguidão
Nacos rápidos
Sem sal sem pão
Olhei seus olhos,
Que logo se confundiram com os meus.
Olhei suas mãos
E nelas areia e solidão
E mais, um perfume acre que logo se perdeu.
Olhei adiante e um terrível medo me abateu
Não havia nada, só uma grande e infinda jornada.
Para o nada
Para a porta aberta
Para a rua vazia
Para a solidão do dia 


Imagem:

Orixá Oxalá sincretizado nos cultos de Umbanda com Jesus
 
Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 09/05/2011
Reeditado em 09/05/2011
Código do texto: T2959663
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