Algures…Algures na Imensidão…
Estou eu
Estás Tu
Eventualmente separados
Pelo tempo
Pelo espaço
Mas unidos na vontade comum
De nos despirmos dos nossos constrangimentos
De nos desnudarmos dos nossos embaraços…
Porque o tempo somos nós que o tecemos
E o espaço
É muito mais do que a distância física que há entre nós
A distância mental
Que por não a sabermos debelar
Ficamos de certa forma sós…
Na irrisão absoluta
De não interiorizarmos
Que essa espécie de luta
É clara
Não é obscura
É perfeitamente absurda…
Repetindo a negação
Até à suprema exaustão
De que o Amor quando existe
Deve vencer Tudo
Porque sem ele
Nada subsiste
E assim enredados
Nos nossos egoísmos
Nos nossos mutismos
Fazemos com que o Amor
Mais do que uma estadia nos céus
É o pior
De todos os Abismos…
Na razão concreta
E por demais percebida
Que te amo
Apesar de tudo
E que essa forma de amor clara
Não representa as trevas
Mas a mais suprema Bênção
Mas enquanto não assumirmos isso
Os 2
Estamos
Desencontrados…
Algures…Algures na Imensidão…