Nem sei quem sou na violência nesse desamor
Que me angustia noite adentro
Feito tormenta no mar
Meu corpo exaurido de tanto penar
Peleja com a alma e não vence
Que altiva prefere morrer a se entregar.
 
Não sei quem sou nessa transformação
Uma química mortal, quase letal
Me sangra por dentro
É tanta insistência, mais parece fé
Essa minha loucura de mulher.
 
E eu fico incontida, mãos fortalecidas
Pelas palavras que esbravejo e soco
Esmurro o papel.
Vomito o fel da minha garganta
E já não é branca essa minha alma
E vermelha como a cor dos lábios
Secos de agonia.
 
 
 
Cristhina Rangel.
Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 09/05/2011
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