PRISIONEIRO DO AMOR

Eu sei!

Tua boca trêmula

Fere meus sentidos

Esbofeteando meus ouvidos

Em ameaças de um adeus

Dependurado no canto

Dos olhos teus.

Mas eu te peço,

Nessa noite não!

Quem sabe amanhã

Quando o dia nascer

E o sol entrar

Pela janela entreaberta

A dor da solidão

Seja um pouco menor.

Por enquanto esqueça

Tudo o que aconteceu

E declarando uma trégua

Para nossas lutas,

Deponha tuas armas

Aos pés dessa cama,

Que por essa noite

Ela ainda seja nossa.

Depois, se ainda quiseres!

Retoma tuas armas

E ataque...

Ao menos terei

Por derradeiro consolo

A eterna lembrança

Do aroma do teu perfume

E o sabor dos teus beijos

Tudo o mais

Será apenas resto!

E isso não me importa.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 08/05/2011
Código do texto: T2956375