Uma (Boa…) lágrima no Paraíso…
Por vezes dou comigo
A dizer coisas tolas
A falar de amor
Por gosto
E sem qualquer sacrifício
Porque as dores
São exercícios de estilo
Que um qualquer deus alienado
Acrescentou ao afecto
Mas eu a tal não ligo
E escreve por vezes…
Uma (Boa…) lágrima no Paraíso…
E ao meu rosto calado
Aflora inesperadamente um sorriso
Vindo do meu fundo
Ocluso
Mas latente…
Uma (Boa…) lágrima no Paraíso…
Imagens de tempos que vivi
De tempos
Que ainda procuro viver
Nessa coisa indefinível
E bem estranha
De te amar
Sem realmente te conhecer…
Sons de esperança
Onde ecoa
Uma bem achada virtude
Que dizem rara
E talvez o seja
Mas se tenho o dom de alguma coisa
É de descobrir
Essa água no deserto
E se calhar é por isso
Que mesmo longe
Te sinto
Tão demasiado perto…
E o mundo volta a renascer
Volta a florir
E o meu mundo calmo
Agitasse de uma forma doce
Uma espécie de tempestade tranquila
Uma espécie de desejada revolução
Onde apesar de inverno
Faz e fará sempre verão
Em tempos que se repetem
E que se repetirão
Até eu me extinguir
Porque só a ausência de sentires
E da exteriorização destes
São o meu pior inimigo
E por isso derramo com imenso gosto
Mais
Uma (Boa…) lágrima no Paraíso…