Escravidão!

Era livre como um pássaro

Voava pelo espaço e sonhava

Era virgem, era criança

Apenas! Um conto de fadas...

Alguém me acorrentou

Amordaçou, despiu-me

Tirou tudo de mim

Fiquei nua até na alma...

Minha alma já é mulher!

Meu ser, pariu uma criança

A noite despertou no dia

Em mais um dia, acorrentada...

Eu ali, desnudada, confusa

Entregando-me aos desvarios

Do meu dono, da minha prisão

Com os meus lábios selados...

Descobri mundos, sentimentos

Viajei pelos céus, vi estrelas

Comi os melhores manjares

Cobriram-me de puro prazer...

Eu, ali escrava, amordaçada

Querendo ir de encontro

A minha alforria, libertação

Erro meu, minha alma foi selada...

Já não era nada sem o meu dono

Não sabia caminhar, nem viver

Apenas sabia o seu nome, Amor

O Amor! O meu senhor e dono...

Então juntos de mãos dadas

Segredando, conspirando, rindo

Fomos de encontro a ti, no silêncio

E delicadamente, eu te aprisionei...

E agora meu amor! Que fazemos?

Somos escravos, estamos presos

Não somos donos do nosso coração

Pois o amor o roubou e nos aprisionou!

Betimartins

Betimartins
Enviado por Betimartins em 07/05/2011
Código do texto: T2955242
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