SEM ELA
Tenho no peito uma ferida
Que sangra a todo o momento
O sangue vermelho da saudade
Sem um alívio sequer,
Tenho na boca o gosto amargo
Das lágrimas em meus olhos
E meus lábios trêmulos
Reclamam a falta
Dos beijos daquela mulher.
Agora o vento frio da indiferença
Sopra a meus ouvidos
Os distantes murmúrios
Das juras de amor,
De tudo o que vivemos
Foi só o que me restou!
E até mesmo os versos;
Aqueles que rabisquei
Nas paginas da minha alma,
O vendaval do cruel destino
Espalhou pelos caminhos da vida.
Sem ela minha vida é um grande abismo
E não há nada que me console,
Sem ela não consigo sequer
Iludir-me nas caricias sedutoras
Do corpo de outra mulher.