vem, amor
As tuas maos cheias de briza trazem o metal
Os teus cabelos incendeiam a minha alma de papel
Frageis os teus olhos de ver depois das colinas
Vem com palavras de sal e letras de lume
Eu abro a porta para que entres inteira
Sim porque só inteira cabes na minha sombra
Nao quero parcelas do teu luar
Eu sei da lua cheia
E na lua cheia vais abrir o escuro da noite
Plantar figueiras verdes ao crepusculo
Vem com palavras a brilhar em correntes de prata
Palavras a ferver de mel decantadas na esperança
De frutos maduros
Vem amor
Vem numa arvore qualquer do meu jardim
Vem numa parede branca cheia de sol
Vem na areia a chorar as ondas
Vem no latir dos caes ao crepusculo
Mas vem