vem, amor

As tuas maos cheias de briza trazem o metal

Os teus cabelos incendeiam a minha alma de papel

Frageis os teus olhos de ver depois das colinas

Vem com palavras de sal e letras de lume

Eu abro a porta para que entres inteira

Sim porque só inteira cabes na minha sombra

Nao quero parcelas do teu luar

Eu sei da lua cheia

E na lua cheia vais abrir o escuro da noite

Plantar figueiras verdes ao crepusculo

Vem com palavras a brilhar em correntes de prata

Palavras a ferver de mel decantadas na esperança

De frutos maduros

Vem amor

Vem numa arvore qualquer do meu jardim

Vem numa parede branca cheia de sol

Vem na areia a chorar as ondas

Vem no latir dos caes ao crepusculo

Mas vem

luis martins
Enviado por luis martins em 06/05/2011
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