ACASO

Se num acaso qualquer

sem dia ou hora,

meus passos repisarem

o mesmo chão de outrora,

e a saudade vier

como brisa ciciar no ouvido

e acariciar o coração,

nessa hora

vou deixar essa doce recordação me embalar

na melodia que foi nossa um dia,

hoje nostalgia

no passo o compasso

descompasso talvez,

emoção que aflora

sentimento que flui,

mas que a distância reflui,

na dura realidade

o passado não volta,

o que passou, passou,

do que fui

pra você hoje nada sou.

Por isso se acaso lembrar-se de mim

e sentir meu semblante desvanecendo,

perdendo-se num nevoeiro qualquer,

faça como sempre

continue me esquecendo.

ANDRADE JORGE

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ANDRADE JORGE
Enviado por ANDRADE JORGE em 06/05/2011
Reeditado em 09/06/2016
Código do texto: T2953324
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