TIMIDAMENTE...

TIMIDAMENTE...

Timidamente, te vejo e

num lampejo,

fico ruborizada,

amordaçada

de tanto amor

guardado num peito

despedaçado

pela dor.

Timidamente,

no relento,

meu cabelo ao vento,

bate na minha face

e com disfarce,

tento esconder meu rosto

que envergonhada,

procura por você.

Timidamente,

ao luar,

embaixo de uma árvore,

vejo teu semblante.

Lindo, alvo,alto, reluzente

e penso que sou louca,

pois um amor assim, é o fim

pra mim.

Não pode existir amor igual.

Como tal, eu insisto em tornar

irreal.

Ninguém pode amar o desconhecido,

se assim o for,

seria assim o amor?

E teria tanta dor?

Como poderia existir sentimento assim?

Pra mim,

nunca seria certo e nem

tão pouco o que quero.

Por isso...

Timidamente, te amo, te desejo e te quero,

mas, sabendo não tê-lo

jamais comigo,

sairei do meu amor-abrigo,

e farei de tudo

pra esquecer esse sentimento

que só me trás angústia,

e dor.

Seria assim o amor?

Eu creio que não.

A partir de hoje,

to caindo fora,

desse sentimento que parece mais

uma cilada,

que o destino colocou em meu caminho

pra que eu pudesse caminhar sozinha,

e ficar na minha,

até meu amor verdadeiro e derradeiro

voltar,

pros meus braços ficar ,

me amar e poder voltar a sonhar.

Mônica Bynot

21:05 18/11/2006

Mônica Bynot
Enviado por Mônica Bynot em 19/11/2006
Código do texto: T295227
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