ESCRAVOS DO AMOR

SEU OLHAR

Eu te peço; por favor!

Não me olhe assim,

O olhar de uma mulher bonita

É terreno perigoso de se pisar,

Ainda carrego na alma

As feridas mal curadas;

Provas das torturas sofridas

Em todas as vezes que me prendi

Nas garras de um olhar.

O seu olhar é assim!

Um mar límpido e calmo,

Melodias encantadas a fruírem maviosas

Na boca sensual de uma sereia,

Precipício profundo

A seduzir-me em caricias suicidas.

Sei que não és culpada

Pelo que advém do seu olhar!

Culpados somos nós;

Pobres coitados do frágil sexo forte

Que nos deixamos acorrentar

Em eterna escravidão

No desejo de amar.

A liberdade, que agora tenho, perdê-la-ei

Se não desviares de mim

O seu maravilhoso olhar.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 06/05/2011
Código do texto: T2952247