ESCRAVOS DO AMOR
SEU OLHAR
Eu te peço; por favor!
Não me olhe assim,
O olhar de uma mulher bonita
É terreno perigoso de se pisar,
Ainda carrego na alma
As feridas mal curadas;
Provas das torturas sofridas
Em todas as vezes que me prendi
Nas garras de um olhar.
O seu olhar é assim!
Um mar límpido e calmo,
Melodias encantadas a fruírem maviosas
Na boca sensual de uma sereia,
Precipício profundo
A seduzir-me em caricias suicidas.
Sei que não és culpada
Pelo que advém do seu olhar!
Culpados somos nós;
Pobres coitados do frágil sexo forte
Que nos deixamos acorrentar
Em eterna escravidão
No desejo de amar.
A liberdade, que agora tenho, perdê-la-ei
Se não desviares de mim
O seu maravilhoso olhar.