A caneta e o poeta

Lá do morro, no interior

Bem no alto da montanha

Uma caneta ansiosa

Rabiscava preguiçosa

Lindos versos de amor

Apoiada na janela

Numa mesa improvisada

Rabiscava no papel

Um poema lá no céu

Falando de sua amada

Lá embaixo, na estrada

Bem na curva do rio

Ouvia-se um assovio

De uma linda donzela

Os olhos ficavam vidrados

O coração acelerado

Daquele poeta arredio

E o poema assim se fazia

Bem ali, naquela hora

Antes dela ir embora

E a caneta se guardar

Quem sabe noutro dia

Ela volta e assovia

E eu volto a poetar.

Luis Roggia
Enviado por Luis Roggia em 05/05/2011
Código do texto: T2951470