Tomarei Novo Rumo...

É madrugada. Em meu leito

Visito velhos fantasmas

E sonhos perdidos e antigos.

Ouço “Ais!...”

Vêm das correntes que me prendem ao passado

E fazem sangrar meu corpo dolorido

De tanto carregá-las

Aonde quer que vá...

- Mas... Sob uma redoma de cristal,

Brilha a chave

Que desprende as correntes...

Buscar a chave para a Liberdade

Exige muito de mim.

É um esforço muito grande!...

Mas eu posso; eu me esforço e vou

Ao seu alcance. Pego-a.

A chave de ouro rebrilha em minhas mãos.

Olho-a e fico pensativa...

- Não seria melhor continuar carregando as correntes,

Embora tão pesadas?... -

Já são conhecidas:

Meu tempo é curto

E a Vida escapa rapidamente de minhas mãos.

Difícil escolha:

Desvencilhar-me dos grilhões do Amor Antigo

E procurar novas praias,

Novos rumos,

Caminhos incógnitos,

Do apagar do Amor.

Decido-me.

Vou abrir as algemas

Que já fazem parte de mim.

- Irei rumo ao desconhecido!

Como faz frio esta noite!...

Solto as amarras. Desliza sangue até o chão...

(Vermelho rubi...)

Caem as algemas;

- Perdem-se no chão da Vida

E, como das cinzas, a Fênix renasce:

Novos caminhos

E novos horizontes buscarei.

Construir-me-ei no Agora

E perseguirei novos Sonhos

E verei raiar uma Nova Manhã.

Antevejo a alegria:

Amarei e serei Amada

Como todos os demais mortais,

Como é o normal... O usual...

- E assim, te fazendo sair da minha Vida,

Abro a porta a outros que aqui virão

E escolherei, entre os Príncipes, o mais belo,

O mais íntegro - educado cavalheiro! –

E com ele partirei.

E se me perguntares se serei feliz, eu te direi:

- Não sei.

Mas uma coisa é certa:

- Tentarei!...

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OBS.: Val, digitando e postando mais um poema da Esperança!!!

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 05/05/2011
Reeditado em 05/05/2011
Código do texto: T2951155
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