Esperando por ela

 

Ficava sempre na espreita,

Na rua pequena, estreita,

Na hora certa dela passar...

Sabia com toda certeza

Pelo seu andar de leveza

Que até demonstrava gostar.

Na rua deserta e muda,

Ecoava, sempre, aguda,

A batida do seu solado.

Logo depois ela passava,

Sua cabeça empinava,

Demonstrando haver gostado.

Mas numa tarde de janeiro

Eu via, surpreso, primeiro,

Na esquina, no outro lado,

Um moreno, que bem me lembro

Que o conheci em setembro

E era o seu namorado...