Triste despedida

Amor,

Essa é a última vez que te chamo assim.

Não é de hoje.

Não foi agora.

Há muito tempo a gente se engana.

Você não percebeu

Que nosso beijo não tem mais o gosto de coração.

Morreu.

Você diz que os trilhos ainda estão vazios,

Mas já ouço o som dos vagões.

Sim, sentirei saudades.

Claro que sentirei.

Nem sei o que farei com o espaço

Que reservei para sua presença em minha vida.

Vou ter que reaprender

A viver sem teu riso, sem teu olhar.

A vida é assim para todos:

Aprender e errar, acertar e errar de novo

Sejamos francos:

Nada mais nos prende um ao outro

Nem coração, nem corpo.

As portas se abrem agora.

Sem certeza de nada,

Hoje vou.

(lágrimas, lágrimas, lágrimas)

Não posso perder mais o trem.

Talvez o tempo nos dê

O quem nenhum de nós tem...

Paulo Fernando Pinheiro
Enviado por Paulo Fernando Pinheiro em 04/05/2011
Código do texto: T2948615
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