O poeta chora!_ Meu poema de número 1000 _
O Poeta Chora!
Fecham-se as cortinas da madrugada
Onde o poeta distraído chora...
Vendo na mesma calçada o boêmio...
A prostituta que volta pra casa sem vintém.
Sob seus olhos abrem-se as janelas orvalhadas
Mais um dia que se sobrepõe à noite,
Os transeuntes caminham apressados
Em busca de mais uma faina que se inicia.
O poeta observa esta face da vida, suspira fundo.
Percorrem mesmos peregrinos, antigas muralhas,
Caminhos percorridos tecendo sonhos... E os tece.
Enquanto a névoa da aurora se esvaiu.
O desfile alvoroçado de nuvens inquietas...
Desfolham-se as pétalas da vida,
Cingindo com este perfume de eternidade
Ouço o suave passo da meiga criança.
A chuva surge com seus primeiros pingos
Que vem respingando as folhas...
E o “eu poeta” que a tudo assiste...
Repousa a pena na folha branca.
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* Meu muito obrigado a todos os meus leitores
Que carinhosamente me leram e deixaram
Seus comentários em minhas escritas.
Beijos meus queridos e amados.
(Betina)