ACORRENTADO AO SEU OLHAR
Correntes do olhar
Tu bem o sabes menina!
Como não o poderias saber?
Há muito tenho os olhos
Cativos ao brilho do teu olhar.
Mas indagas faceira;
“Como?
Se nunca dantes
Meus lábios te cobraram
As juras amorosas
Que um dia me fizeste.”
“Sou eu acaso feiticeira
A dominar-lhe os desejos
Amarrando-te o corpo
Nas mechas dos meus cabelos?”
“Deixa disso meu amor!
Não são feitiços que te prendem
Nos grilhões do meu destino,
És livre para partir!
És livre para ficar!
Assim como sou livre
Para te amar.”
“Se te prendem os meus olhos
Como afirmas ao falar,
Também estão presos os meus
No brilho do teu olhar.”