SONHOS PERDIDOS
É noite!
Estou só no escuro do meu quarto.
Lá fora, as estrelas se preparam para o parto de um novo dia.
Sinto o vento no balanço da cortina.
Sinto o tempo através dessa rotina de não poder voar.
Estou só, na escuridão desse abrigo, que abriga só o que eu digo mas, por dentro, estou sem lar. Abandonado entre o frio da tristeza, como também, perdido no frio de sua frieza de não querer me amar.
Amanhã, talvez, eu me esqueça desse frio. Mas não sei se sorrirei se algum calor me esquentar, mas confesso-lhe:
-Não vou mais fazer fogueira, já que o fogo que me aquece tem a chama que se esquece de que pode me queimar, de amor!
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Giovanni Pelluzzi
São João Del Rei, 03 de maio de 2011.