O que podemos jurar que Será Para Sempre…?
Temos o Supremo Poder da Mudança
Temos o Dom
De tudo podermos mudar
O destino não
Porque este não existe
O destino somos nós que o fazemos
Bem ou mal
Somos nós que tecemos as teias
Onde erramos
Onde nos enganamos
Mas também
Onde imensas vezes
Lá acertamos…
E assim achamos a Fé
Quando a perdemos
Achamos a pessoa certa
Depois de esvaídas com outra
Emoções que julgámos eternas
Mas que se transformaram em cinza
Num luto que julgamos perpétuo
Nessa altura
Julgámos de facto estarmos num enorme beco sem uma única saída…
E erramos nesses momentos pós qualquer erupção afectiva
Julgamos só existir
Essa ferida
Não conseguindo ver para além das nuvens
Para além da imaginação
Só vemos com a alma enublada
E não com a lucidez do coração…
Porque o coração se mantém lúcido
É a voz da razão
Talvez porque ele não vê
Encerrado onde está
Só pode sentir
E provavelmente
Devido a esta falta de visão
Aparente e convencional
Ele indica-nos o caminho a seguir
Com assombroso grau de precisão…
Partindo então para novos mundos
Deixando o nosso uterino
Onde passado o tempo de luto
Só poderemos viver para sofrer
Esquecendo do tempo certo
O tempo de Crescer…
Não caindo na recorrente asneira
De que o que se segue
Poderá durar uma Eternidade
Se nem as estrelas
Nem o Universo são infinitos
Não será um mero humano a contrariar este aforismo
A criar uma espécie de Mito…
Mas Há Algo Intemporal
Algo que não desaparece
Algo que nos vai sobreviver
Algo que será o nosso legado
Uma espécie de testamento não assumido
Tudo Aquilo que Sentimos
Se foi belo
Se foi digno
E por isso Meu Amor
Sabes que estas palavras não possuem tempo
Espaço
Ou dimensão
Estas palavras são nossas
São da humanidade
No calor que te tocando
Ou meramente pensando
No que és
Se gera e cresce
Na minha escondida interioridade…
E assim sendo o que afinal podemos jurar que Será Para Sempre…?
Nós
E o que sentimos
Se esse sentir
For genuíno…