ATÉ SEM CORAÇÃO

É como se fosse fruto forte, nascido do ramo jamais irrigado

Abrigo que nem depende do telhado, sorriso que sequer requer alegria

É como o frio que não precisa da ventania para exercer o seu legado

Ou como o barco que mesmo à deriva abandonado seu cais alcançaria!

É o fogo indomável que sem oxigênio ainda assim jamais se apaga

A saga escrita mesmo sem a tinta que lhe rejeitou

É como se brotasse uma perfumada flor em árido chão que vinga o nada

Ou uma destruída estrada na qual meu sonho facilmente caminhou!

É como se a fome morresse aos pés de uma mesa sem pão

Como se o sol independente do verão no seu vigor estacionasse

Como se a noite iluminasse sem lua ou estrelas num ausente vão

É como se nada me chegasse à mão e ainda assim ela tudo alcançasse!

É desse modo - nada mais e nada menos - que eu te amo

Com perdas e danos, sem reciprocidade e desprovido de razão

Com toda a estranha exatidão que faz-me duvidar do desengano

Tão verdadeiro e tão insano, que existiria até se eu não tivesse coração!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 03/05/2011
Reeditado em 08/12/2011
Código do texto: T2946284
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