Guardião

Guardião das sombras

Das que estão dentro

Internas

Tenebrosas catacumbas

Guardando destroços

Excrementos de uma vida

Que nela fixaram residência

Alma no crepúsculo, exigência

Falência de tudo que um dia foi belo

Daquilo que era um, não mais

Transformando o que era lindo castelo

Num mar de favelas, escura e podre

Podre como tudo que existe

Pois apenas nos cercam coisas tristes

A deterioração da matéria

Espasmos de fome, guerras

Assombra um mundo cão

Verme assassino esmago com as mãos

E ela, com uma navalha afiada eu decepo

Pois jaz contaminada então

Por isto eu sou guardião

Alexandre

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 02/05/2011
Reeditado em 02/05/2011
Código do texto: T2945173
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