Faz de contas
Teu mundo
É o mundo do faz de contas
Do desejo alheio.
O meu é o da imaginação parasita
Que suga as palavras dos teus poros
Plagiando cada pelo do teu corpo
Revestindo o negro cobre de ouro.
Nossos mundos são mesmo diferentes.
Que quer que espere de ti minha alma cadente?
Não estas ai para ser concreta,
Mas para servir ao abstrato pungente.
Enquanto te cercam
Os mórbidos talheres,
Deve ser triste a solidão latente...