Faz de contas

Teu mundo

É o mundo do faz de contas

Do desejo alheio.

O meu é o da imaginação parasita

Que suga as palavras dos teus poros

Plagiando cada pelo do teu corpo

Revestindo o negro cobre de ouro.

Nossos mundos são mesmo diferentes.

Que quer que espere de ti minha alma cadente?

Não estas ai para ser concreta,

Mas para servir ao abstrato pungente.

Enquanto te cercam

Os mórbidos talheres,

Deve ser triste a solidão latente...

Paulo Fernando Pinheiro
Enviado por Paulo Fernando Pinheiro em 02/05/2011
Código do texto: T2944738
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