Cheiros do afeto.

Desvendar o que o amor não diz,

descobrir o que a vida não quis,

ser feliz, ser feliz.

Olhar o outro com o sangue afetuoso, sangue de irmão,

somar os poros da pele com outra pele sem medo de errar,

ou de machucar,

sorrir com a alma escancarada e desenferrujada,

é possível, vale a pena, pode crer, pode crer.

Sentir o cheiro do afeto, do querer bem,

ser amante das coisas boas que a vida entrega,

ser feroz na busca dos sonhos, sejam quais sejam,

ser gente pra reconhecer o atalho errado e voltar sem dor,

sem vergonha nenhuma.

Destravar os medos, os ranços, as manias,

ouvir os sons do perdão com o coração menino,

abraçar com fé quem cruzar o caminho, sempre, sempre.

Envelhecer com as gotas de orvalho que só a sabedoria conhece,

entender que o tempo é rei e não dá desconto nem desculpa,

pra um dia morrer com a felicidade de ter sido bom para o mundo,

e nada mais, nada mais mesmo.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 02/05/2011
Código do texto: T2944353
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