O AMOR CANSA...
O amor cansa.
Cansa tão suavemente,
num tempo tão peculiar e tão seu;
que mesmo atento o olho do amante
não sentiu e não percebeu,
que o amor de doente,
na sua frente,
feneceu...
O amor emite avisos.
O amor manda sinais.
O amor demonstra cansaço.
Somente os seres especiais percebem.
Outros, a maioria, marcha alheia a tudo.
Depois, cegos de paixão
não querem entender,
que o amor,
de exausto,
morreu.
A ninguém é permitido reanimar o amor.
O amor não comporta massagem cárdica,
nem há chance de sopro boca a boca...
O amor, quando sufocado, morre
de vez e para sempre e sempre!
Muitos tentam e morrem
junto ao amor estendido,
comoriência bizarra,
mortes anunciadas,
solidão...
O amor cansa,
depois descansa eternamente!