SOZINHA

Maria Luiza Bonini

Era um vazio monótono e silencioso

Que me espreitava ao longe, tal ladino

Causava estranhos calafrios em meu dorso

E me tornava refém d'uma estranha sina

Era uma dor do não se ter, até morrer

Que me acompanhava noite e dia.

Em meu medo de não sobreviver

Abracei, como náufraga, a poesia

Era um sentir de não sentir

Que paralisava meu corpo e minh' alma

Calando meu gritos, versos e palavras

Era um amor que permanecia latente

Que com a tua presença, se fez vida

Retornei a mim, sozinha, sem adeus nem despedidas

Maria Luiza Bonini
Enviado por Maria Luiza Bonini em 01/05/2011
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