CRIATURA FLUTUANTE
Viaja flutuante criatura mental
Que todo dia vem me visitar.
Passeia sobre minha cabeça
Em noites de vigílias; que são muitas.
Parece-me deitada em um tapete transparente
E quando cansada de bailar,
Ao meu lado vem se deitar.
Deitada, nada fala, apenas sorri.
Está nua; mas seu sexo, é oculto...
Só vejo sua silhueta.
Depois de carícias mil
Beijando-a, desperto para o nada,
Me deliciando nas lembranças
De você, figura flutuante,
Que de mim tira
O que tenho de melhor.
A capacidade de sonhar
E viver esse sonho
Sem mesmo saber
Com quem eu sonho...
No nada do dia a dia,
Me encontro ansioso
Pelas vigílias que me imponho
Para na fantasia do sonho
Do nada, ter tudo.
Mesmo sabendo que o tudo
Não é nada;
Somente figura flutuante.
Sem sexo, sem cor, sem nada...
Somente sendo, a essência do criador!
(PEREZ SEREZEIRO)
José R.P.Monteiro – SCSul SP
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