Noite orvalhada

Quando a noite orvalhada

pousa os

olhos sobre mim,

traz consigo a tristeza

de agora.

A saudade finca raízes

no peito como a

árvore que descansa,

altiva, lá fora.

Há um fio tênue que

une a dor e a saudade.

Não persigo mais a

cura que o tempo promete,

pois você insiste viver

em mim, correndo por

minhas veias,

pulsando firme

no coração,

envenenando a emoção.

Não encontro o

antídoto que cure

o que sinto.

Talvez eu não queira,

ou simplesmente

não possa esquecer.

O que perdura em mim

é o amor por ti despertado

e mesmo que ainda fira

o peito este silencia

o grito preso na garganta.

Na noite orvalhada

minhas lágrimas são

águas vertidas até

a insone madrugada.

Rita Venâncio.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 29/04/2011
Código do texto: T2939553
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