Amor eterno
Sentada
Na cadeira de balanço da varanda,
Em frente ao jardim florido,
A idosa pensa.
Relembra
A idade juvenil,
O primeiro amor e
O beijo roubado
De que fora vítima
Quando era menina-moça.
Cúmplice daquele momento
De recordações,
Um beija-flor seduz as flores.
A idosa fecha os olhos
E sente os lábios do amado,
Que há muito partiu.
No enlevo da brisa suave e
Do sabor do beijo,
Adormece.
Acorda,
do outro lado.