QUE NÃO DESISTAS DO AMOR
Que a desleal realidade não submeta o sonho à morte
Que teu olhar enxergue alguma sorte, mesmo em horizonte adverso
Que sinta a leveza desse verso, que mesmo assim é muito forte
Posto que te aponta um norte maior que todo desencaminhar perverso!
A dor da perda ingrata e a crise por herança, também sairão pela porta
Pois tudo que importa é o que ficou do compromisso com a esperança
Igual será como a criança que a pouca dádiva seu sorrir comporta
A quem o beijo do depois conforta e nada fica do passado na lembrança!
Mesmo que a sanha do punhal alguma coisa de tu'alma haja dilacerado
Ou que o telhado da momentânea felicidade não passe de relento
Mesmo que o pensamento sinta-se por uma mortalha amordaçado
Tal como o dia a noite tem ultrapassado, será curado o sofrimento!
Porque nem todas as lutas admitem perdas e conquistas
Jamais desistas quando a temática da alma for o amor
O vento forte pode arrancar a flor, mas ela ressurge na tela do artista
O amor sempre conquista, mesmo na aparente derrota imposta pela dor!
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor
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