A TEUS PÉS

Perdoa por te amar desse jeito,

Dessa tão louca maneira que chamo eu de amor.

Perdoa por ser eu,

Perdoa por ser assim.

Nunca quis te magoar

Nem me fazer de vitima,

Mas confesso, me sinto um pouco vitima de tudo isso.

Venho fugindo, escondendo paixões,

Fingindo razões pra não te amar.

Perdoa meu estar, minha postura

De errante cavalheiro nessa tênue estrada.

Perdoa minhas atitudes de leigo no amor,

Pois acredite isto não sou.

Sou eu criatura dele (o amor)

Que me fez em “noute” inspirada,

Acho que especialmente pra te falar,

Escrever estas sandices de amor.

Perdoa o meu recato quanto a nós,

Pois há algo em mim que me traga para longe de ti,

Mas irei lutar bravamente contra essa profilaxia de te amar.

Perdoa por não ter a perícia, a destreza

De te fazer feliz como realmente merece.

Perdoa por manter-me imanente a você

E às vezes tornar-me algoz dessa paixão.

Perdoa-me agora, a teus pés

No negrume desta noite

Todos os danos que causei.

Perdoa minha incerteza,

Pois minha incerteza é a única certeza de te amar

(10/2002)