MARCAS DO AMOR

Na alma uma orquestra decantando a valsa do delírio

Com a perda do equilíbrio a cada trôpego passo sóbrio

Onde nem a inutilidade é ignóbil, onde o inverno jamais é frio

Onde flores explodem no pavio e o amor deleta o verbete do ódio!

No corpo uma flâmula grafada em contorno beijado incandescente

Uma aura imanente tingida pela energia da mútua combustão

A nítida sensação da inundação em relevo sob febre veemente

As digitais do sequestro da mente pelo toque quente da sedução!

Na vida o projeto erigido de céus específicos para novos castelos

O requinte e o singelo traçando a beleza dos ritos com alarde

Que anuncia a manhã que invade, honrando seus raios agora mais belos

Nos quais frutificaram antigos anelos em pleno sol risonho de felicidade!

Na pena do poeta a confissão que nem o ator silêncio detém

A onda inspirada que vai e vem, conforme a lembrança bendita

Na entrelinha que tanto se agita ou na declaração que tão mal se contém

Vê-se um poeta refém das marcas do amor que em seus versos grita!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

www.reinaldoribeiro.net

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 26/04/2011
Reeditado em 17/07/2012
Código do texto: T2931650
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