NUNCA FOMOS DOIS

Eu não me lembro de algum dia ter sido qualquer coisa longe de ti

Pois mesmo em tempos que eu não te vi, posso dizer que te avistava

Naquele sonho em que me visitava tão linda imagem a refletir

No amor que eternamente nutri por ti que estranhamente já amava!

Eu nunca fui o que eu era sem a bênção de teu cheiro

Jamais me vi inteiro, enquanto a completude em ti não me aportou

De fato tudo quanto sou no passado me soou falsamente verdadeiro

Porque do amanhã meu paradeiro em teu desenho me desenhou!

O homem feito e pleno de agora, assim já era em seu refil embrionário

Naquele céu já percebia o azul extraordinário que justo hoje nos recobre

O que a lógica não descobre, o coração já vislumbrava em seu cenário

De um grande amor imaginário e seu florido mágico alfobre!

Conforme as linhas e mistérios talhados pelo mais augusto amor

Quem me consolidou foi justamente quem em mim já habitava

Do mesmo modo eu já morava no teu mais íntimo interior

Pois antes mesmo que esse mundo se formou, de alguma forma eu já te amava!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 26/04/2011
Reeditado em 26/04/2011
Código do texto: T2931490
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