SOU APENAS AMOR

Solto meus cabelos ao vento,
Sigo minha vida de poetisa amante que sou...
O meu clamar em poesia é o amor que levo na alma,
No corpo quente que exala e espalha
A semente, por todo jardim que planto.
Sou a rosa vermelha da paixão, nas noites de luar,
Sou minha verdade, contida nos delírios, nos lírios da vida.
Digo, além da verdade, assim renasço...
Trago a criança que brilha dentro de mim
E sonha acordada, na pureza da palavra do amor sem fim.
Em mim acrescento todas as flores, rendas e laços,
Busco dentro do desconhecido, o melhor sentimento vivido,
Do amor ao encantamento...conheço a dor e sofrimento,
Mas minha voz é o puro amor,
Não sairia de mim sentimento alimentado de dor.
A vida é pouca na intensidade dos sonhos,
Dos desejos que trago comigo,
Tudo mais eu serei, nos caminhos que vou seguindo,
No corpo de uma mulher há uma criança,
Uma amante do tempo,
Um olhar que brilha com a vida
Que, descalça, corre com a natureza,
Se encanta ao voar com as borboletas,
Conquista os céus junto aos pássaros.
Vivo e padeço...
Na ausência de um grande e único amor
E acredito nesse sentir que um dia viverei,
Aprendiz do meu jardim a florescer,
Nas palavras que enriquecem-me,
Entrego-me à fé que corre nas ruas do destino,
Sem corromper o verdadeiro amor,
Puro e límpido, que na alma se completa
E na carne se faz vivo...
Assim viverei ao respirar cada dia.

Adriana Leal



Texto revisado por Marcia Mattoso