Beija a minha saudade
Nos primeiros acordes da manhã,
tua voz soa terna em minha alma,
no suave canto do colibri
e me acalma...
Aninha-se sob os lençóis da minha solidão,
deitando-se prazerosa em minha cama,
dizendo que me ama,
aquece o meu coração.
No ardor de minha saudade,
esqueço que tão longe estás,
desejando-te menino, homem, meu, aqui,
na noite, no dia, na eternidade.
Os raios do sol que me convidam a acordar,
dizem-me de ti, afugentando a solidão,
refletindo o brilho do teu olhar,
num mar de ternura e paixão.
Como num campo de girassóis,
atraindo para si a face dourada,
despertas em mim a alegria da vida,
fazendo-me tão amada.
Nesta poesia que mescla loucura e devoção,
sou tua, meu anjo apaixonado,
a minha inocência, minha doçura,
meu desejo, meu suspiro sufocado.
Tome meu amor:
minha poesia,
minha verdade,
e beije a minha saudade...
Lídia Sirena Vandresen
(26.06.2008)