Amo-te cada vez mais te amar

Colada à tua linda boca esta minha desordem,

E o meu vasto querer.

O incompossível se fazendo ordem.

Colada à tua boca, mas descomedida,

Árduos são os labirintos quem ama do ser.

Construtor de ilusões te examino sôfrega,

Como se fosses de novo nascer,

E tu és o supremo dia magnânimo,

Eu te sorvo extremada à luz do amanhecer...

Penso-te tanto Brisa,

E nesta excessividade, encontro-me em agonia.

Estou apenas denso a cada dia,

Recolhendo teu aroma. E passa dentro de mim

O refulgente de ti que me salvou.

O que será em verdade transparência

Se a matéria que se vê, é opacidade?

Nesta manhã sou e não sou minha paisagem

Terra e claridade se confundem,

E o que se vê

Não sabe de si mesmo a sua própria imagem.

Amo-te tanto Brisa. Sendo breve a vida,

Impossível à volta àquela infância,

Que seja a tua ternura sempre desmedida,

Como se eu fosse também a tua criança

Somos, minha Brisa, crianças nesta noite escura.

Tudo mais nós não sabemos.

Largas raízes maduras

Apressam nosso passo,

E é de amor e aço

O teu longo abraço em toda minha cintura.

Somos crianças nesta noite escura.

Morno rumor de sombras;

E de folhas de verbos Brisa

Fiz a rosa que eu sempre te prometia.

Cada um de nós tem ideias distintas e sonhos,

E eu quero me tornar naquele que o teu desejo pedia.

Amo-te cada vez mais amar teus olhos tão risonhos.

Gilliard Alves Rodrigues

Acaraú, 25 de Abril de 2011

14h32min

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 25/04/2011
Reeditado em 17/05/2011
Código do texto: T2930130
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