Na Sinestesia dos nossos Sentidos…

Estou num ponto diametralmente oposto ao teu

Que pode ser no quarto que se quer

Mas que não é nem será comum

Ou num universo

Tão belo e tão vasto

Que só a cor dos teus olhos

Me faz despertar

Da minha letargia

Duma espécie de embaraço

Porque gosto de estar só

Mas longe de Ti

Ou de que representas para mim

Eu mal passo…

No absurdo bem real

De que percepcionamos Tudo

De uma forma bem diferente

A realidade

E até o simples na pele tocar

Tu procuras a vida

Pelo simples procurar

Eu à minha maneira

Procuro a existência

Para poder respirar…

Tu podes

E estás com toda a gente

Há um mundo sensorial

Que precisas de tocar

Precisas de partilhar

Eu fechado no que sou

Francamente

É só contigo

Que me apetece estar…

Porque os meus mundos

Afinal são castelos

Onde por detrás das suas muralhas

Me gosto de proteger

De um mundo

O teu

Que por muito que tente

Não consigo entender…

Mas neste extremar de posições

A tua social

A minha moral e genética

Há pontos que se tocam

Porque eu preciso de Ti

Não sei bem a razão

Tu precisas de mim

Dizes-me

Para abraçar uma forma de imensidão…

Eu preciso da tua voz

Do teu olhar

Dos teus beijos

Quando nessa dimensão sensorial

Calho andar

Porque um homem não é uma ilha

Porque se o for

Tudo perde sentido

E tu precisas de mim

Porque achas que o meu olhar

Te protege

De uma série de perigos

E desta osmose improvável

Acaba por nascer

A Sinestesia dos nossos Sentidos…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 25/04/2011
Código do texto: T2929880
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