Na Sinestesia dos nossos Sentidos…
Estou num ponto diametralmente oposto ao teu
Que pode ser no quarto que se quer
Mas que não é nem será comum
Ou num universo
Tão belo e tão vasto
Que só a cor dos teus olhos
Me faz despertar
Da minha letargia
Duma espécie de embaraço
Porque gosto de estar só
Mas longe de Ti
Ou de que representas para mim
Eu mal passo…
No absurdo bem real
De que percepcionamos Tudo
De uma forma bem diferente
A realidade
E até o simples na pele tocar
Tu procuras a vida
Pelo simples procurar
Eu à minha maneira
Procuro a existência
Para poder respirar…
Tu podes
E estás com toda a gente
Há um mundo sensorial
Que precisas de tocar
Precisas de partilhar
Eu fechado no que sou
Francamente
É só contigo
Que me apetece estar…
Porque os meus mundos
Afinal são castelos
Onde por detrás das suas muralhas
Me gosto de proteger
De um mundo
O teu
Que por muito que tente
Não consigo entender…
Mas neste extremar de posições
A tua social
A minha moral e genética
Há pontos que se tocam
Porque eu preciso de Ti
Não sei bem a razão
Tu precisas de mim
Dizes-me
Para abraçar uma forma de imensidão…
Eu preciso da tua voz
Do teu olhar
Dos teus beijos
Quando nessa dimensão sensorial
Calho andar
Porque um homem não é uma ilha
Porque se o for
Tudo perde sentido
E tu precisas de mim
Porque achas que o meu olhar
Te protege
De uma série de perigos
E desta osmose improvável
Acaba por nascer
A Sinestesia dos nossos Sentidos…