SÓ UMA COISA MUDOU

Ainda sou o mesmo réu de um tribunal refém do meu deslumbramento

Que sem qualquer arrependimento prossegue errante

No peito bate o mesmo coração amante, ao som do antigo sentimento

Que não arrefeceu num só momento, cujo intento prossegue avante!

Aqui não há fervor desalentado ou redução de entusiasmo

Jamais entrou marasmo nas portas onde um dia visitou-me a veemência

Aquela mesma apaixonada experiência ainda escala píncaros de espasmo

O que não é nenhum pleonasmo pois vai além da redundante persistência!

Meus olhos não perderam todo o brilho que tua imagem lhes doaram

As juras que meus lábios falaram não expiram com o avanço das auroras

Passam segundos, minutos e horas - minhas prioridades não mudaram

E hoje meus versos te declaram o mesmo teor do que versaram outrora!

O céu ainda brilha através do sol que teus sorrisos emitem

Jardins ainda existem em cada metro onde teu rastro se perfaz

O tempo foi capaz de preservar toda paixão que meus olhares transmitem

Mas algo mudou e não te omitem: hoje estou te amando muito mais!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 25/04/2011
Reeditado em 25/04/2011
Código do texto: T2929322
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