o eremita
se te vejo, emudeço e sinto o bloqueio,
já me some a voz, mas a mente se agita;
só espero um abraço e saber porque veio
com esse teu rosto cheio essa imagem bonita
e depois do abraço, o meu beijo no seio,
e na testa e na boca, e tu não me evitas;
e te prendo os quadris, é o que mais anseio,
e teus olhos febris riem quando me fitas
glamorosa e bela, não sinto receio
se a minha espera resulte infinita
fico ali sempre firme, tal qual um esteio
que com o vento discute, não cede e conflita
o que peço é o instante de um devaneio
que contigo eu afogue aquele eremita