o eremita

se te vejo, emudeço e sinto o bloqueio,

já me some a voz, mas a mente se agita;

só espero um abraço e saber porque veio

com esse teu rosto cheio essa imagem bonita

e depois do abraço, o meu beijo no seio,

e na testa e na boca, e tu não me evitas;

e te prendo os quadris, é o que mais anseio,

e teus olhos febris riem quando me fitas

glamorosa e bela, não sinto receio

se a minha espera resulte infinita

fico ali sempre firme, tal qual um esteio

que com o vento discute, não cede e conflita

o que peço é o instante de um devaneio

que contigo eu afogue aquele eremita

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 24/04/2011
Código do texto: T2927469
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