Busca

Vento da sorte, tão súbito e tão raro
Não encontra remédio para solidão
Alisa a rocha e leva à areia do vazo,
E traz razoável alivio ao coração.

Brava montanha o tempo resiste,
Reflete o luar, lembrança do ontem,
Encanta a bruma, o amor regozija,
Atrativo dos olhos, a alma principia.

Vento da sorte, tão súbito e tão raro
Só traz a certeza ao amor dum dia
Isto que em mim é mar de alegria
É como relâmpago, simples disparo.

Vento da sorte, tão súbito e tão raro
A certeza da magia, no pensamento
Teima em levar ao sem fim
E zune no sonho a criança em preparo.

Vento da sorte, tão súbito e tão raro
O que seria de nós se não fosse assim:
Felicidade inconstante, no humano
A busca constante chegaria ao fim.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 23/04/2011
Reeditado em 24/04/2011
Código do texto: T2926976
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