Uma Canção, Uma Simples Canção (de Amor…)
Nestes tempos
De Revolução
Entre os Povos do Deserto
De dissolução
Daquela que foi uma espécie de União
Dou comigo a pensar
Dou comigo a sentir
A pensar-te
A sentir-te
E a compor
Uma Canção, Uma Simples Canção (de Amor…)
Olhando a tua fotografia
Mas sobretudo olhando para as nossas memórias
Ou então indo mais longe
Indo para o campo da imaginação
De um qualquer futuro alternativo
Ou presente
Onde não serias apenas uma estranha
Serias alguém minha conhecida
E onde
Contra todas as probabilidades
Estarias nesse indefinido
Comigo…
E então o que diríamos
Que segredos partilharíamos
Que mistérios do afecto
Teceríamos em conjunto…?
Faríamos o que nos falta nas outras pessoas
E que não sabemos construir
Um outro terno Mundo…
E eu faria como naquela história
Ler-te-ia histórias ao deitar
E tu farias aquilo em que sou parco
Mostrar sentires
E sobretudo
Dançar, Dançar, Dançar…
E no meio deste admirável mundo novo
Da nossa imaginação
Escreveríamos a dois
Algo que nos iria perpetuar
Muito depois de nos transformamos em pó das estrelas
Algo pelo qual seriamos recordados…
Uma Canção, Uma Simples Canção (de Amor…)