Amor Canibal

Como se volta disso tudo ileso?

Como é que se faz tudo outra vez?

É difícil mergulhar de cabeça,

Quando não se pode respirar embaixo d’água.

Já não sabia ser outra coisa

E nem outra coreografia lingual.

É que, tantas vezes, fui você,

Que confundi meu eu com o teu

E vivi teu corpo, vesti teu sangue, comi teu coração

Numa antropofágica história de amor...

Paulo Fernando Pinheiro
Enviado por Paulo Fernando Pinheiro em 23/04/2011
Reeditado em 26/05/2011
Código do texto: T2926204
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