Amor Canibal
Como se volta disso tudo ileso?
Como é que se faz tudo outra vez?
É difícil mergulhar de cabeça,
Quando não se pode respirar embaixo d’água.
Já não sabia ser outra coisa
E nem outra coreografia lingual.
É que, tantas vezes, fui você,
Que confundi meu eu com o teu
E vivi teu corpo, vesti teu sangue, comi teu coração
Numa antropofágica história de amor...