A FILHA DO FAZENDEIRO




Vou sentá os cacos no lombo
É hoje que eu monto e zombo
Do chifrudo da invernada
Me enfurquilho ao serigote
E vou sair assim no trote
Nessa manhã serenada

Logo desato o laço
E boa armada eu faço
Com sete ou oito rodilhas
Pra laçar o boi tostado
Saiba que sou considerado
O laçador das coxilhas

Meia dúzia de bezerros
Lá pra as bandas dos três cerros
Onde o coração saltita
Um fazendeiro visinho
Donde vou reculutar carinho
Da sua filha bonita

Sou gaúcho domador
Metido a namorador
La no torrão missioneiro
Sou muito bom da idéia
E me apaixonei pela Dorotéia
A filha do fazendeiro

De manhã eu vou pro campo
Ao meio dia destampo
Uma guampa de cachaça
Com a Dorotéia me consolo
Ela senta no meu colo
Toda cheia de graça

Eu afirmo e não minto
Hoje vivo que nem pinto
Fazendo festa no lixo
Já sou dono da fazenda
Sou feliz com minha prenda
Trato ela no capricho.

Escrito as 08:44 hrs., de 23/04/2011 por

Vainer de AVILA
Enviado por Vainer de AVILA em 23/04/2011
Código do texto: T2925844