JANGADEIRO DO AMOR
Minha vida é um mar
Em que me deixo navegar
E o vento que me empurra
Calmo... Tranqüilo... Sereno...
São minhas paixões,
Ai! E elas me arrastam!
Minha alma é uma jangada
Livre, leve e solta,
Flutuando nos mares da vida
Enfrenta tempestades
Varando as madrugadas.
Ela? Ela é o porto seguro!
O destino do jangadeiro
Que tenta a todo custo
Flutuar... Viver... Sobreviver...
Só para poder voltar
Para os braços dela!
Se eu fosse mais forte
Que esse terrível destino
A me arrastar para o mar,
Navegaria guiado pela lua
E não me deixaria enfeitiçar
Por vozes de sereias
Ou me encantaria com a luz
De outros olhos.
E se um dia eu naufragar
Ainda terei o consolo
De ver meus restos ajuntados
E queimados em uma fogueira,
Mas, mesmo assim,
Na fumaça enegrecida
Que ao céu se erguerá.
Um gostoso aroma
Há de espalhar-se pela praia
Assombrando os pescadores
Serei eu gritando em desespero
O seu nome no silêncio da noite!
Mas, mesmo que eu sobreviva
E consiga chegar a um porto,
Se você, meu amor!
Não estiver lá a me esperar,
Nada mais será como antes.
Meu deus!
Que saudades!!
DEDICO ESSA HUMILDE POESIA
A TODAS AS POETISAS E POETAS APAIXONADOS
DO RECANTO DAS LETRAS
FELIZ PÁSCOA!