JANGADEIRO DO AMOR

Minha vida é um mar

Em que me deixo navegar

E o vento que me empurra

Calmo... Tranqüilo... Sereno...

São minhas paixões,

Ai! E elas me arrastam!

Minha alma é uma jangada

Livre, leve e solta,

Flutuando nos mares da vida

Enfrenta tempestades

Varando as madrugadas.

Ela? Ela é o porto seguro!

O destino do jangadeiro

Que tenta a todo custo

Flutuar... Viver... Sobreviver...

Só para poder voltar

Para os braços dela!

Se eu fosse mais forte

Que esse terrível destino

A me arrastar para o mar,

Navegaria guiado pela lua

E não me deixaria enfeitiçar

Por vozes de sereias

Ou me encantaria com a luz

De outros olhos.

E se um dia eu naufragar

Ainda terei o consolo

De ver meus restos ajuntados

E queimados em uma fogueira,

Mas, mesmo assim,

Na fumaça enegrecida

Que ao céu se erguerá.

Um gostoso aroma

Há de espalhar-se pela praia

Assombrando os pescadores

Serei eu gritando em desespero

O seu nome no silêncio da noite!

Mas, mesmo que eu sobreviva

E consiga chegar a um porto,

Se você, meu amor!

Não estiver lá a me esperar,

Nada mais será como antes.

Meu deus!

Que saudades!!

DEDICO ESSA HUMILDE POESIA

A TODAS AS POETISAS E POETAS APAIXONADOS

DO RECANTO DAS LETRAS

FELIZ PÁSCOA!

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 22/04/2011
Código do texto: T2923720