Vencida
Angustio-me na espera de te ter,
assusto-me nos teus braços
que me querem.
Escondo-me de ti
evitando os teus olhos
trespassantes.
É em teu
colo
que a vida me faz sentido...
Minha carne.
Sou e não sou ao mesmo tempo
a amante certa
de teu corpo,
bebo teu prazer
sofregamente,
deixo minha pele
em teus lençóis
e teu cheiro me invade,
bem colado
em meu pescoço,
onde te agarras,
verdadeiro,
e quando a noite vem
e se despede,
e a lua baixinho
sussurra
que o pecado onde me prendo
é culpado,
me volto contra mim
arrependida -
de cada vez que estou em ti,
ser vencida.