Vencida

Angustio-me na espera de te ter,

assusto-me nos teus braços

que me querem.

Escondo-me de ti

evitando os teus olhos

trespassantes.

É em teu

colo

que a vida me faz sentido...

Minha carne.

Sou e não sou ao mesmo tempo

a amante certa

de teu corpo,

bebo teu prazer

sofregamente,

deixo minha pele

em teus lençóis

e teu cheiro me invade,

bem colado

em meu pescoço,

onde te agarras,

verdadeiro,

e quando a noite vem

e se despede,

e a lua baixinho

sussurra

que o pecado onde me prendo

é culpado,

me volto contra mim

arrependida -

de cada vez que estou em ti,

ser vencida.

Valentina Leemann
Enviado por Valentina Leemann em 20/04/2011
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