Solidão tediosa

A solidão é uma noite fria

Silenciosa, sombria

Transforma segundos em horas tediosas

Que se perdem em um mundo de nada

Que não se acaba

Acaba com o sossego

De quem rola e se desola

Nas lembranças pretéritas

Que a vida traz ao pensamento

Nos momentos ímpares

De paixão contida.

Lembro – me dos sonhos

Idealizados

Não vividos.

Sonho,

resonho

Penso,

Repenso

Tendo

Retento

Te encontrar a qualquer custo.

Mas há uma imensidão

Em nosso entorno

Corro,

Percorro as estradas da vida

E nada de te encontrar

Esperando o meu beijo,

Meu hálito perfumado

Meus abraços carinhosos,

Ah!, Como me sinto solitário.

Sem teu sotaque

Mato – grossense!

Não vivo

Não sirvo

Nem para guardar lembranças

Me transformo

Em uma criança desolada

Marcada

Pela paixão sentida,

Assim é minha vida

Regionalmente distante de ti.

És um sonho

Uma utopia a ser realizada.

Mas quando acontecerá

O bálsamo dos nossos lábios

Não sei!