Navegante

Exílio voluntário, navego

em noites tenebrosas, turbulentas,

buscando portos,

fugindo de vidas passadas.

Olho para estas velas

armadas, tão brancas,

como se delas dependesse

esta fuga,

o nunca retornar

E, sempre assim,

cercado de negros oceanos,

na minha solidão,

sei que nunca ando só!